Pobre de Rico
Fui demitido às seis da manhã de hoje. Mexeram no meu queijo e eu estou aprimorando minha cara palhaço pela frequencia com que a uso. (Aliás, foi difícil achar um nariz que me servisse (tiveram que buscar no estrangeiro), afinal, Deus não poupou nariz ao me criar).
Com mais essa demissão, minhas condições
sócio-econômicas passam a ser algo que só o
fogo da poesia pode descrever.
E ficou assim:
Pobre de Rico
Meu lar
É no meio do mar,
No meio da rua
Feita da luz da lua.
Minha sorte
É fugir da morte -
Entre as alturas da serra
E a baixeza da terra.
Um belo Ton
É meu melhor som.
Qualquer furto
É meu surto.
Nas paixões eu me lanço.
Nos amores sempre danço.
Minha casa é um pedaço do céu -
Qualquer calçada, que beire o léu.
A angústia coletiva é buscar Ter.
Minha paz particular é saber Ser.
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