quarta-feira, julho 18, 2007

Notícias do Livro/Simplesmente



Notícias do livro "Poeta das Nuvens": A editora prometeu resposta pra final de junho e agora prorrogou pra agosto. Estou para mandá-la às favas (antes que ela me mande).

Enquanto seu lobo não vem, vou aqui fazendo meus orçamentos e planos - se eu for editá-lo por conta própria. Eu já havia decidido que faria o lançamento em setembro, mas talvez eu mude pro fim de semana de 12/10. Ainda não sei. Já estou vendendo minhas córneas pela internet para pagar a publicação.

Queria uma festinha com temática nordestina e alguns amigos e familiares para beber, comer, forrozear e ser feliz. Mas o dinheiro não vai dar. Além do que a maioria da família e amigos estão longe e não quero importuná-los com esse meu capricho. Não viriam mesmo.

Se a editora me aceitar, o livro sai só o ano que vem, mas em compensação terá 250 exemplares nas livrarias de SP e RJ, além festinha de divulgação e comissão de R$ 2,00 sobre cada livro (miséria!). Eu tbm ganharia 50 exemplares para distribuir à bibliotecas, parentes e amigos. Se eu for o publisher, vou distribuir o livro gratuitamente entre amigos e parentes. Pensei em vendê-los. Mas morreria de depressão de ver que ninguém quereria comprar.

Enfim, o livro está todo diagramado, capa e contra capa pronta. Só falta o prefácio que um amigo de Colina já recusou a autoria (!). Agora to esperando a resposta de César. Se ele não tiver inspirado tbm vou escrever eu mesmo e assinar com o nome do meu gato amarelo "Joaquim Maria Pirandello". Ah, tem uma poetisa cearense (Inah Cabral) que já sinalizou que faria meu prefácio. Mas como achá-la, sem gastar com interurbanos?!

Nesse ou noutro ano... pela editora ou por mim mesmo... com um prefácio humano ou felino... o livro vai sair. "O que se chamava homem, também se chamava sonho - e sonhos não envelhecem".

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O poema abaixo tbm foi escrito depois da minha demissão. Versos pejados de tristeza e rancor, que já estão passando. A minha centopéia Maria Dina e meu cascão Venâncio estão me ajudando. Tbm tem um anjo me ajudando. Mas devo ser sempre discreto. Enfim, o poema da demissão:

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Simplesmente

Eu me perdi.
Não sei de quem.
Não sei de onde.
Me perdi, simplesmente.
Eu sumi.
Não sei por que.
Não sei pra quem.
Sumi, simplesmente.

Eu me apaxonei.
Mais uma vez, era a última.
A última foi mais uma vez.
Me apaixonei, simplesmente.

Eu me escondi.
Ela esconde meus defeitos.
Meus defeitos a escondem.
Me escondi, simplesmente.

Eu errei.
Errei quando quis acertar.
Acertei quando não queria nada.
Errei, simplesmente.
Eu viajei.
Com os olhos fechados, vi todo o mundo.
O mundo todo me viu, quando fechei os olhos.
Viajei, simplesmente.

Eu sofri.
Do sofrimento lapidei umas lições.
Das lições gotejaram mais sofrimento.
Sofri, simplesmente.

Eu amei.
De tudo, um pouco.
Do nada, um muito.
Amei, simplesmente.

No amor eu me perco e sumo.
No amor eu me escondo e erro.
No amor eu viajo e sofro.
Eu amo, simplesmente.

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