quinta-feira, dezembro 21, 2006

Amor de Fusca (inédito)



Abaixo um post inédito. A parte mais bonita está com aspas pq foi contribuída por um grande amigo. (Vou pedir primeiro, depois coloco o nome)
Tá cheio de erros pq eu to sem o Office pra escrever.

Na foto, estou com Júlia - o grande amor da minha vida - a Rainha do meu reino Animal. :D. Beijos a todos.

Não quero mais amores de ventania. Quero amar como uma brisa fresca soprando nos últimos folegos de uma onda.

Não quero mais amores de disparada. Quero amar como uma caminhada a beira da lagoa, uma trilha sob cheiro de mato.

Não quero mais amores lunáticos e interplanetários. Quero amores terráquios que têm a força e a constância do ar, o transparencia e o refrigério da água.

Não quero mais esses amores quentes como uma fagulha do Sol. Quero amores que sejam como a Lua - brilhantes, claros... de vez em quando, frio para que eu não me queime. "Quero o amor pra vida e não a vida pra um amor".

Não quero mais esses amores de insônia, daqueles que nos tiram a calma com batedeiras no coração e taquicardias. Quero um amor que seja tão simples e tão revitalizador como o sono dos justos, que faça meu coração acalmar, bater calmo, mas constante.

Não quero mais esses amores de sonho, daqueles que só se vive dormindo ou num transe amoroso. Quero um amor que eu possa viver acordado, enfrentando a vida com seus problemas e soluções. Quero um amor que eu possa viver de olhos bem abertos para a realidade mas fixos no futuro.

Não quero de novo um amor internacional. Daqueles que só se vive se estiver em Milão, Paris ou Nova York. Quero amar no Brasil mesmo, um amor genuinamente nacional; se possivel, nordestino - que apesar de preconceitos, não se rebaixa; que apesar da força incrível, não se ensoberba.

Não quero mais esses amores de cinema. Esses de sala cheia, premier dos famosos, ingresso disputado... Não! Quero um amor com a simplicidade e profundidade de um livro, nem precisa ser best-seller; só precisa narrar os fatos e ocultar os sentimentos - para que eu possa me esforçar quando buscá-los e me alegrar se desvendá-los.

Não pretendo mais ter esses amores que são um buquet de rosas. Sabe aqueles bem vermelhos, vinte botões!? Não. Quero um amor tão singelo como uma margarida branca, tão elegante quanto uma orquídea amarela.

Não quero mais esses amores de super-heróis. Daqueles Robin Wood - que roubam amores para poder existir; ou desses Homem-de-Ferro que, apesar de toda a durabilidade a socos e pontapés, mas que se enferruja com as coisinhas do dia-a-dia.

Não to mais afim de um amor doente e doentio. Antes, um amor curandeiro, no mínimo, benzedeiro para me livrar dos males ou me privar do azar.

Não quero mais carruagens, limousines, BMWs... Quero um amor que chegue de Fusca, daqueles que estalam nas ladeiras, solta fumaça descomedidamente, mas que chegam até onde qualquer outro carro chega - ou até mais longe.

Não quero mais esses amores de praia, amor de mar. Desses que apesar de amplo e espaçoso, são enfadonhos e afoga-se sem chance de ser salvo. Quero um "amor piscina", para que eu possa tocar a borda sempre que quiser. Sair sempre que precisar, voltar sempre que merecer.

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