Amor de Mar (inédito)
Estou lendo o romance O Coronel e o Lobisomem, edição de 1974. Amo cheiro de livro velho – parece meu cheiro. Recomendo: o livro e o cheiro, exceto a mim.
Como estou tendo tempo e pessoas muito generosas me incentivando, estou investindo mais seriamente na minha ‘carreira’ de escritor e poeta. Aguardem novidades. Ou decepções.
Atenção vereadores de Caraguá! Tem carta do Poeta das Nuvens pra vcs na caixa postal da Câmara!
Esse é o primeiro poema que publico que tem todos os versos escritos aqui
Vem que eu estou tão só...
Vem me trazer o Sol...
Vem me livrar do abandono...
Meu coração não tem dono...
Vem me aquecer nesse outono...
Deixe o Sol entrar.
Amor de Mar
Quem é você?
Quem é você que eu espero chegar
A cada onda que vem a areia beijar?
Quem é você que eu sinto passar
Em cada brisa leve que o mar
Trás de tão longe?
Quem é você que eu já vejo o sorriso
Em algumas estrelas
Que valsam pelo céu sobre o oceano?
Quem é você que eu busco
Nos olhares que passam por mim
Na caminhada pela orla e
Nas feições de quem imerge das águas
A cada subida da maré?
Quem é você que eu vejo
Num clarão no horizonte,
Que eu sinto estar no encontro de céu e mar,
Mas que se cala quando viro meus olhos
Sedentos da água de seus carinhos
E faminto do pão dos teus cuidados?
Não sei se viverei tempo o bastante
Para te ver aportar em meu cais.
Estou me enganando.
Finda esta maresia que vivo,
Ficará claro que eu procurava – em vão –
O mar na feição e imensidão de uma única pessoa.
Ou talvez, quem sabe, finda a maresia,
Abolido o mistério, chegarás à minha presença
Então vereis que tu – meu amor – és uma única pessoa
Com a feição e imensidão de todos os oceanos.
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