quarta-feira, fevereiro 07, 2007

Amor sem Paradeiro (inédito)

Dito e Feito. Desisti de Design de Interiores e estou fazendo Curso Técnico em Farmácia. Muitas saudades dos amigos na Chapada. Saudade é coisa de Sertanejo, doença de retirante; mal de quem ama muito.

Poema abaixo foi escrito dia 31 de janeiro, às cinco da manhã, em Belo Horizonte. Faz parte do meu diário de bordo.

***Amor Sem Paradeiro***

Como eu não fazia idéia de onde poderia estar,

De que caminhos tu irias traçar,

De que ruas tu irias atravessar...

Resolvi que beijos por toda parte eu iria espalhar,

Para, quem sabe, ter a sorte de pelo menos um te acertar.

Como eu não sabia se iria de novo lhe ver,

Ou quando meus braços iriam novamente lhe envolver,

Ou quando sua respiração, com um beijo eu iria reter,

E quanto mais, de saudade, eu iria padecer...

Resolvi sua pessoa esquecer.

E até hoje sou assim: teimo de lembranças viver.

Como eu não esperava ver você partir,

E como eu tinha desejos de ver sua viagem falir,

Para um pouco mais de a tua presença curtir,

Para só um pouquinho sua calma usufruir,

Assustei quando me vi ali,

Sem ter para onde fugir,

Da saudade do nosso amor e de saudade de ti.

Todavia, é tudo culpa do amor,

Na ausência, todo o sentimento vira dor,

Toda a vivacidade da vida fica sem cor,

Não sei mais quem sou,

Se eu era o amado ou se sou quem amou.

Com a leveza e celeridade de um beija-flor,

Essa paixão estava aqui, mas agora voou,

E, pendurados nas suas asas, todos os meus sonhos levou.

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